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Revs despede-se dos seus fãs no domingo frente ao New York City FC

Claude Dielna vs. New York City FC

Eliminada a possibilidade de conseguir o apuramento para os play-offs, o New England Revolution (11-15-6, 39 pontos, oitavo lugar) recebe o New York City FC, atual segundo classificado da Conferência Este (16-8-8, 56 pontos), no último jogo a disputar no Gillette Stadium na temporada em curso.


Com pontapé de saída marcado para as 17:00 de domingo, o encontro vai ser transmitido pela NBC Sports Boston, com Brad Feldman no relato, comentários por Paul Mariner e entrevistas a cargo de Naoko Funayama. Conforme já é habitual, o relato em inglês será transmitido pela 98.5 The Sports Hub, e em Português pela 1570 WMVX Nossa Rádio.


E com início pelas 16:30, Gabriella DiGiovanni e Jeff Lemieux fazem a antevisão do jogo na página oficial do Revolution no Facebook.


O Revolution foi eliminado dos play-offs no passado fim-de-semana quando o New York Red Bulls acabou com uma série negativa, que já não via a equipa vencer há oito jogos, e goleou o Vancouver Whitecaps, líder destacado da Conferência Oeste, por 3-0.


Com este triunfo o Red Bulls assegurou a conquista do sexto lugar, último que dá acesso aos play-offs, e ao mesmo tempo eliminou o Revolution e ainda o Montreal Impact, o Philadelphia Union e o Orlando City FC, equipas que presentemente repartem o sétimo lugar, todos com 39 pontos.


Portanto, os dois jogos que ainda tem por disputar poderiam ser vistos pelo Revolution como despidos de grande significado, já que nada podem fazer para alterar a situação na tabela classificativa. Mas, quem assim pensa está redondamente enganado.


Ainda há muito em disputa

“Continua a ser importante que mantenhamos o nosso profissionalismo,” disse o treinador interino Tom Soehn. “Continuamos a ter um dos nossos melhores desempenhos de sempre nos jogos em casa, por isso queremos continuar a manter isso e a dificultar ao máximo a missão do New York City.”


Soehn assumiu o cargo de treinador da equipa há três semanas, com a missão de comandar os Revs até ao final da época. Mas, a direção do clube ainda não decidiu quem vai orientar a equipa na próxima temporada, pelo que estes últimos jogos são uma espécie de teste ou ensaio para 2018.


“Ainda há muito em jogo, obviamente os rapazes estão a jogar para conseguir contracto para a próxima temporada e a lutar pelo seu lugar, pois não sabemos ao certo quem vai ser o treinador para o ano,” reconheceu o guarda-redes Brad Knighton.


“Temos que continuar a trabalhar muito durante os treinos e quando chegarmos ao jogo vamos ter de continuar a fazer o nosso trabalho,” acrescentou o médio Diego Fagundez. “Não é apenas o meu, são os lugares de todos que estão em risco, estamos todos a tentar conquistar o lugar para a próxima época e vamos fazer todos os possíveis para ter a certeza que damos ao público a última vitória em casa.”


“Trata-se de lutar pelo teu lugar na equipa, lutar pelo orgulho, lutar para conseguir o melhor palmarés de jogos em casa em toda a liga,” concluiu o médio Kelyn Rowe.


Sucesso em casa

Esta tem sido uma época tremendamente frustrante porque a estrutura do Revolution estava esperançada em conseguir, no mínimo, o apuramento para os play-offs. Mas, um desempenho absolutamente aberrante nos jogos fora de casa, pois os Revs foram a única equipa que até ao momento ainda não conseguiu vencer em terreno alheio, deitou tudo a perder.


Em contra partida, no Gillette Stadium o Revolution tem sido fantástico, já que conquistou 36 dos seus 39 pontos nos jogos disputados no seu próprio terreno. Caso consiga ganhar no domingo, estabelece um novo máximo de vitórias conquistadas nos jogos em casa, algo que todos estão empenhados em concretizar.


“Se ganharmos no domingo ficamos com o melhor registo em jogos em casa,” salientou Brad Knighton. “É um objetivo importante para nós… ainda há que lutar por isso, se houver alguém que ainda não compreende isso é porque está na profissão errada.”


Mas, talvez mais importante do que o estabelecimento de um novo máximo, os jogadores sentem que será também essencial deixar uma boa imagem neste último jogo em casa como forma de agradecer o apoio que a equipa tem recebido dos seus fãs. Na realidade, apesar das sucessivas exibições irregulares fora de casa, os adeptos estiveram presentes, com o seu apoio, sempre que o Revolution jogou em Foxboro. E no domingo, num jogo que não tem significado nenhum para a tabela classificativa, é esperada a maior assistência da temporada.


“Penso que é fantástico. Obviamente os resultados não saíram como queríamos fora de casa, mas o nosso apoio em casa, o apoio dos nossos fãs em casa tem sido tremendo,” reconheceu Brad Knighton. “Por vezes temos feito exibições fantásticas, tem sido emocionante para os fãs vir aos jogos sabendo que vão assistir a jogos emotivos da nossa parte.


“Esperemos que isso continue no domingo para que possam regressar a casa satisfeitos uma vez mais.”


“Queremos ter a certeza que proporcionamos aos nossos fãs a despedida certa, porque eles merecem,” acrescentou Kelyn Rowe. “Mesmo durante as fases difíceis que tivemos este e em anos anteriores, eles têm sido fantásticos ao comparecerem para nos apoiarem conforme poderem.


“E não apenas em casa, pois eles também foram nos autocarros para os jogos em New York, os jogos em Montreal, por isso queremos dar-lhes a melhor despedida possível.”


“Vai ser fantástico, especialmente conseguir os três pontos em casa,” concluiu Diego Fagundez. “Temos sido sólidos em casa, tem sido o nosso forte e temos que continuar a fazer isso. É o nosso último jogo por isso temos que desfrutar o máximo possível, para termos a certeza de que estão todos felizes quando saírem de cá.


“Continuamos a pensar no que ainda está para vir, na próxima temporada, para podermos ir mais longe do que fomos este ano, mas mesmo assim vamos ter que dar o nosso máximo e fazer todos os possíveis para conseguirmos três pontos.”


Estragar a festa ao New York City FC

A turma visitante está presentemente no segundo posto na Conferência Este e caso consiga manter o lugar assegurará a folga na primeira ronda dos play-offs, para além de conquistar o direito de fazer a segunda mão em casa nas meias-finais da Conferência. Por isso, para o New York City FC este é um jogo muito importante, já que a vantagem sobre o terceiro classificado, o Atlanta United FC, é de apenas três pontos.


Os jogadores do Revolution obviamente não querem saber disso e pensam apenas em estragar a festa aos visitantes.


“Claro que sim, sempre que defrontamos um adversário da mesma conferência, uma equipa que está nos play-offs e nós não estamos, vão haver objectivos em disputa,” explicou Brad Knighton. “Há equipas que estão ansiosas por bater essas equipas e afetar o seu posicionamento porque obviamente a vantagem de jogar em casa é enorme. Se nós podermos ter um papel nisso, adoraríamos poder fazê-lo.”


“É a tal coisa, nós não estamos nos play-offs mas mesmo assim ainda podemos prejudicar algumas equipas,” acrescentou Diego Fagundez. “Vamos ter que continuar a fazer o que temos feito e tentar obter pontos para depois lhes criar problemas.”


A nível individual, o grande desafio para a defesa do Revolution será o antigo internacional espanhol David Villa, que se destacou principalmente durante a fase de ouro do famoso Barcelona FC, onde ajudou a formação espanhola a conquistar três campeonatos, Taça de Rey, Super Taça, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes.


Com a seleção espanhola, Villa venceu o Europeu de 2008 e o Mundial de 2010.


A sua veia goleadora tem-se mantido em forma desde a chegada à MLS, pois já obteve 61 golos nos 92 jogos disputados pelo New York City FC. Na temporada em curso, Villa está empenhado na luta pela Bota de Ouro da liga, já que presentemente se encontra empatado com Diego Valeri em segundo lugar, com 20 golos, apenas menos um tento do que Nemanja Nikolic do Chicago Fire.


“Obviamente o David Villa é um jogador fantástico pelo que é preciso estar sempre a observá-lo e saber sempre onde ele está, pois ele não é um dos melhores marcadores da liga por nada, e também faz assistências,” avisou Brad Knighton. “Por isso, temos sempre que saber onde é que ele está no campo e isso vai fazer parte do nosso plano de jogo para este fim-de-semana.


Obviamente o David Villa é um jogador especial, mas eles são uma boa equipa,” acrescentou o técnico Tom Soehn. “Temos que estudar os seus pontos fortes e ter a certeza que reconhecemos quais são para os podermos retirar e também estudar as suas vulnerabilidades. Vamos criar um plano de jogo e ter a rapaziada preparada para domingo.”


Kelyn Rowe ansioso por regressar aos relvados

Quem se tem vindo a preparar afincadamente é o médio Kelyn Rowe, que falhou os oito últimos jogos devido a uma distensão no joelho direito. Rowe tem vindo a intensificar a sua participação nos treinos e está verdadeiramente ansioso por poder regressar à equipa.


“Obviamente o meu objetivo é regressar o mais depressa possível, não consigo estar mais tempo sentado no banco, ou nas bancadas, porque para mim como jogador é muito difícil,” disse Rowe. “Por isso, vou levar um passo de cada vez. Obviamente estamos algo cautelosos. Agora que já não temos hipóteses de chegar aos play-offs, não queremos forçar demasiado, mas eu quero andar o mais depressa possível e por isso espero entrar em campo antes de acabar a temporada.”


Caso Rowe seja considerado apto para este jogo, Tom Soehn terá ao seu dispor todos os jogadores do seu plantel. Mas, mesmo assim, terá de ser algo cuidadoso com os quatro atletas que estiveram ausentes com as seleções no passado fim-de-semana, altura em que se disputaram os últimos jogos da primeira fase de apuramento para o Mundial de 2018.


Antonio Delamea esteve com a Eslovénia, que registou um empate, 2-2, frente a Escócia, num jogo entre duas equipas que não conseguiram o passaporte para a Rússia. Je-Vaugh Watson jogou os 90 minutos na derrota, 5-2, da Jamaica frente à Arábia Saudita, mas Juan Agudelo não saiu do banco nos jogos em que a seleção dos Estados Unidos, pela primeira vez desde 1986, falhou o apuramento para o Mundial. Por último, Zachary Hérivaux esteve no empate, 3-3, do Haiti no Japão.


“Vou ter muito cuidado com eles. Muitos deles fizeram voos longos e passaram algum tempo longe [de nós], por isso vamos trabalhar com a maioria dos que cá ficaram e integrar os outros [quatro] gradualmente,” explicou Sohen.


Devido a isso é possível que haja oportunidades para alguns dos que habitualmente ficam no banco.


“Obviamente, os jogadores que estiveram cá estas duas últimas semanas têm trabalhado imenso. Alguns vão ter a sua oportunidade,” concluiu Soehn.