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Revolution contra Chicago é confronto entre duas equipas em grande forma

Kelyn Rowe vs. Chicago Fire

Fortemente moralizado com a vitória, 3-0, de quarta-feira à noite sobre o Rochester Rhinos, em jogo referente à quarta eliminatória da U. S. Open Cup, a mais antiga competição de futebol nos Estados Unidos, o New England Revolution regressa a casa para receber o Chicago Fire no sábado.


Depois de uma semana de folga, o técnico Jay Heaps decidiu fazer descansar a grande maioria dos seus titulares para poder observar alguns dos vários jogadores que ainda não tinham tido minutos nesta temporada pois o Revolution, em todas as competições, vai agora disputar cinco jogos no curto espaço de três semanas.


E a aposta foi ganha porque os três golos frente a Rochester foram trabalhados por dois jogadores que nem têm estado com a equipa. Ambos têm atuado, por empréstimo do Revolution, na USL, Zachary Herivaux pelo FC San Antonio e Donnie Smith com o Charlotte Independence.


O primeiro golo, a escassos dois minutos do intervalo, foi obtido por Teal Bunbury na conversão de uma grande penalidade assinalada a castigar derrube sobre Herivaux. O segundo, aos 50 minutos, pertenceu a Smith, num cabeceamento poderoso na sequência de um pontapé de canto cobrado por Daigo Kobayashi; e Herivaux encerrou a contagem no minuto seguinte.


No final da partida, o técnico do Revolution manifestou o seu agrado pela exibição dos vários jogadores que fizeram a sua estreia no jogo da passada quarta-feira.


“Tu sempre queres que os teus jogadores entrem em campo e estejam ao seu melhor, consigam jogar ao nível que eles pretendem jogar,” disse Heaps. “No passado, quando chegávamos à Open Cup, precisávamos de encontrar mais minutos antes de cá chegarem.


“Foi uma excelente vitória coletiva,” acrescentou Herivaux. “Temos que seguir em frente e procurar a próxima.”


Chicago está em segundo lugar

O adversário que se segue é o Chicago Fire (8-3-4, 28 pontos), segundo classificado na Conferência Leste, equipa que tem uma vantagem de oito pontos sobre o Revolution, atualmente empatado com os Red Bulls na sexta posição, última que dá acesso aos play-offs.


O jogo está marcado para as 19:30 de sábado, no Gillette Stadium. Conforme habitualmente é feito, a transmissão televisiva está a cargo da CSN New England, com relato de Brad Feldman, comentário de Paul Mariner e entrevistas por Naoko Funayama. Na rádio o relato em inglês pertence à 98.5 The Sports Hub e em Português à 1570 WMVX Nossa Rádio.


As duas equipas encontraram-se a 15 de abril, no Toyota Park, em Bridgeview, num jogo de má memória para o Revolution, que perdeu por 3-0. A derrota começou a desenhar-se logo aos 27 minutos quando o defesa lateral Je-Vaughn Watson, que fora titular pela primeira vez nesse encontro, viu o segundo cartão amarelo aos 27 minutos de jogo depois de uma entrada intempestiva sobre Luis Solignac. A sua saída mudou radicalmente o cariz da partida.


Apesar de estar a jogar em inferioridade numérica, o Revolution conseguiu suster a pressão da turma da casa, mas mesmo em cima do intervalo, um bom passe de Solignac encontrou Bastian Schweinsteiger solto na direita, já dentro da área, e o antigo internacional Alemão não perdoou.


Qualquer esperança que o Revolution tivesse de tentar pontuar esfumou-se logo aos 47 minutos, quando Nemanja Nikolic fez o segundo golo de Chicago.


“Nós temos que ser mais disciplinados, sabendo que é um jogo fora de casa,”, disse o treinador Jay Heaps após o final da partida de 15 de Abril. “Não podes ser demasiado imprudente e nós colocámo-nos numa má situação.”


Os momentos do jogo em que a equipa sofreu os golos também deixaram o treinador dos Revs bastante desiludido.


“Eu penso que nós fizemos os ajustamentos certos ao mudarmos o sistema tático”, acrescentou Heaps. “Fomos duros de quebrar até ao último minuto da primeira parte. Depois surgiram os momentos do jogo em que sofremos um golo mesmo antes da metade e logo a seguir ao intervalo; isso não é futebol. É uma (questão de) mentalidade.


“O cartão vermelho e os dois golos antes e depois do intervalo deixaram-nos todos bastante frustrados.”


Em relação ao jogo em Chicago, o médio Kelyn Rowe considera que só se aproveitaram os primeiros 20 minutos, antes da expulsão de Watson, e que “isso foi há um ou dois meses, somos uma equipa diferente, eles são uma equipa diferente. Vamos mas é entrar em campo e fazer o nosso jogo.”


“Eu penso que estávamos equilibrados à entrada no jogo e obviamente os primeiros 10-15 minutos correram bem,” relembrou o avançado Lee Nguyen. “Depois recebemos o cartão vermelho e isso mudou toda a dinâmica do jogo. Tivemos que jogar de forma mais defensiva do que teríamos gostado e permitimos muito mais posse de bola. Sabemos que esta é uma equipa que está agora em grande forma, e por isso queremos entrar em força aqui em casa para não lhes darmos muita confiança nesses primeiros minutos.”


Nemanja Nikolić lidera em golos

O Sérvio Nemanja Nikolic é o melhor marcador da MLS, com 12 golos nos 15 jogos disputados até ao momento.


“Ele (Nikolic) é um tipo de jogador como foi o (Filipo) Inzaghi para o AC Milão,” avisou o central Antonio Delamea. “Ele não tem muita posse de bola, mas na grande área ele é muito perigoso. Ele tem faro pelo golo e é muito difícil de defender. Como eu disse, precisamos de o rodear, precisamos de estar perto dele o jogo todo e precisamos de comunicar, de saber sempre onde é que ele está. Se o pararmos a ele e ao Schweini (Schweinsteiger) penso que estamos com um pé sobre a vitória.”


Outro dos jogadores a ter em conta será David Accam, que já conseguiu sete golos e cinco assistências.


Mas, a equipa vale pelo seu coletivo, algo que o técnico Jay Heaps tem deixado bem claro aos seus jogadores.


“Eles são uma boa equipa,” avisou Heaps. “Sempre que se encontram jogadores como Dax McCarty e Schweinsteiger e Juninho e jogadores que têm estado nesta liga há algum tempo dentro deste grupo, eles vão encontrar maneiras para ganhar fora de casa.


“Por isso é importante para nós termos a certeza de que tentamos eliminar se possível aquilo que eles fazem bem – pelo menos tornar isso difícil para eles - e tentar disputar o jogo nos nossos termos.”


Curiosamente, apesar de todas estas armas, o Revolution tem mais um golo marcado do que Chicago. E o certo é que fora de casa o Fire só registou uma vitória em sete saídas, a 20 de Maio, 1-0 sobre o D.C. United. Em contra partida, o Revolution ainda não perdeu em casa na temporada em curso e conquistou 17 dos seus 20 pontos no Gillette Stadium.


“Não me interessa quem está do outro lado,” disse Antonio Delamea. “Sei qual é o meu trabalho, tal como os meus colegas, por isso estamos focados apenas no nosso jogo. Sempre analisamos o adversário para saber de onde vêm os seus pontos fortes, mas como eu disse, o mais importante é a forma como vamos jogar e isso é o que nós estamos a trabalhar todos os dias nos treinos.”


Os jogadores do Revolution ainda não se esqueceram que há duas semanas a equipa recebeu o Toronto, líder destacado que na altura só sofrera uma derrota durante toda a temporada. Mas, o Revolution, com possivelmente a melhor exibição da época, saiu vitorioso pela margem de 3-0.


“Eu penso que devemos seguir o que fizemos contra Toronto,” sugeriu Kelyn Rowe. “Eu penso que a batalha do meio-campo entre mim, o Scotty (Caldwell) e o Gersh (Koffie) foi enorme. Vencemos essa batalha e nós ganhámos o jogo por causa disso. Para mim, vai repetir-se no sábado.


“Se conseguirmos manter essa ligação entre nós os três, temos a defesa sólida que tivemos contra o Toronto e que tivemos (quarta-feira) à noite, e depois temos avançados como um Lee Nguyen, um Juan Agudelo, um Kei Kamara, um Diego Fagundez, e somos muito perigosos.”


“Jogámos contra Toronto aqui em casa, que neste momento é uma das melhores equipas, por isso sabemos que em nossa casa podemos fazer o nosso trabalho contra quem quer que seja,” acrescentou Lee Nguyen.


E como estamos quase a chegar ao fim da primeira volta, todos os jogos contra adversários da mesma conferência assumem uma importância ainda maior.


“Todos estes jogos contra adversários do Leste são enormes,” salientou Nguyen. “Estes são jogos que representam seis pontos se nós não nos cuidarmos. Nós sabemos qual a importância destes jogos, e ao mesmo tempo estes jogos são jogos em que nós queremos marcar a nossa posição.


“Sentimos que merecemos estar nos primeiros três ou quatro lugares, por isso estes são os momentos que vamos ter que apreciar e aproveitar a nossa oportunidade para provar algo.”


O certo é que algo vai ter que mudar. A defesa de Chicago está quase intransponível. A equipa já não perde há oito jogos e a defesa já não sofre golos há 601 minutos. Mas o Revolution em casa também costuma dar conta do recado e nos sete encontros disputados no seu estádio já obteve 18 golos, com Diego Fagundez a merecer principal destaque pois tem quatro golos marcados nos últimos cinco jogos.


“Jogar contra esses tipo de equipas é o que todo o profissional quer; jogar contra a que é a melhor naquela altura, quando elas estão no seu melhor. E neste momento penso que Chicago está a jogar ao seu melhor nível e pode-se ver isso através dos resultados,” disse Kelyn Rowe.


“Para nós, jogar em casa é enorme. É obviamente mais difícil jogar fora, mas para nós regressar a casa, um lugar onde praticamente estamos trancados, vai ser um jogo emocionante.”


Equipas dos Jogos Paraolímpicos

Imediatamente após a conclusão do encontro, as equipas de Jogos Paraolímpicos dos dois clubes vão fazer a sua estreia no Gillette Stadium.


Por isso, o Revolution convida os seus adeptos a permaneceram no estádio e encherem a zona do chamado ‘Fort’ para assim poderem dar o seu apoio a estes atletas especiais.