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Revolution domina líder Toronto FC, 3-0, e permanece invicto em casa

2017 MLS Regular Season - Home - Match 15 - Gillette Stadium - Revs Win - Toronto FC - 3-0 - Goal Celebration - Agudelo, Juan - Fagundez, Diego - Nguyen, Lee

Era considerado o teste mais difícil da temporada, pois Toronto FC, o líder destacado da Conferência Leste, sofrera apenas uma derrota nos 14 jogos disputados até ao momento e já não perdia há oito jogos. Mas, o New England Revolution passou com distinção neste exame ao vencer por 3-0 no jogo disputado no sábado à noite, perante 21.764 espectadores, no Gillette Stadium.


Embora este fosse o terceiro jogo para o Revolution no curto espaço de oito dias, a equipa em campo a jogar com intensidade, bastante dinâmica, tentando assim impor o seu ritmo de jogo.


E o primeiro sinal de perigo surgiu logo aos três minutos, quando um bom passe de Lee Nugyen colocou a bola à frente de Kelyn Rowe, que rematou forte e colocado, mas o guardião Alexander Bono estava atento e lançou-se ao solo para desviar.


Era o primeiro sinal de uma primeira parte muito disputada, entre duas equipas viradas para o ataque, sempre à procura do golo.


Por isso não foi de estranhar que Toronto também estivesse muito perto do golo, aos sete minutos. Raheem Edwards desceu pela direita e cruzou para o segundo poste, onde surgiu Victor Vasquez solto de marcação, mas o cabeceamento saiu ligeiramente por cima da barra.


Aos 15 minutos, um excelente passe em profundidade de Lee Nguyen solicitou Kelyn Rowe, mas este não conseguiu controlar o passe. Teria ficado sozinho frente a Bono.


Mas, no minuto seguinte o golo surgiu mesmo. Lee Nguyen cobrou um canto e Benjamin Angoua surgiu no coração da área a cabecear de forma violenta e fora do alcance de Bono. Foi o primeiro golo do internacional Costa Marfinense nesta sua época de estreia na MLS.


“Usamos [aquele jogada] nos treinos, mas obviamente quando sai assim é o ideal,” explicou Lee Nguyen no diálogo que travou com os jornalistas depois do final do jogo. “Mas, muito sinceramente foi uma jogada em que eu tentei colocar no Diego [Fagundez] junto ao segundo poste, mas acabou por seguir até ao Benjie [Angoua] que estava desmarcado, e ele fez um excelente trabalho a finalizar.”


Nos minutos que se seguiram, os visitantes foram mais perigosos e por duas vezes viram a madeira da baliza defendida por Cody Cropper evitar que surgisse o golo do empate. O primeiro lance ocorreu aos 24 minutos, quando o lateral direito Andrew Farrell a perder o balanço e caiu, permitindo assim que o passe de Víctor Vázquez deixasse Justin Morrow isolado na esquerda. Cody Cropper saiu decididamente da sua baliza para tentar encurtar o ângulo e o remate acabou por embater no poste.


Sete minutos depois foi a vez de Armando Cooper encontrar espaço para um tiro, a uns 30 metros de distância, que bateu Cropper, mas a bola embateu na trave e não entrou.


Até ao intervalo, o Revolution tornou a ameaçar, primeiro num bom trabalho individual de Diego Fagundez, culminado com um remate forte, mas a bola saiu à figura de Bono.


Aos 37 minutos, um excelente passe de Nguyen isolou Kei Kamara, mas este rematou contra as malhas laterais quando estava em posição para fazer melhor.


E aos 41 minutos, Kelyn Rowe tornou a ver um golo anulado por supostamente estar em posição irregular. Mas, a repetição das imagens mostrou que o médio do Revolution estava em posição regular quando Diego Fagundez fez o passe.


E em cima do intervalo, nova situação de golo iminente. O cruzamento de Kei Kamara, na esquerda, encontrou Diego Fagundez solto na área, mas o remate deste saiu demasiado alto.


Mudança na segunda parte

Para o técnico Jay Heaps, a primeira parte trouxe algum desconforto porque Toronto, apesar das ausências de Michael Bradley e Jozy Altidore, internacionais norte-americanos que à mesma hora estavam a jogar pelos Estados Unidos frente à Venezuela em jogo da fase de apuramento para o Mundial de 2018, criou bastante perigo durante os primeiros 45 minutos.


“A nossa conversa ao intervalo foi ‘vamos esquecer aquela primeira parte’, temos que reprogramar e procurar implementar o plano de jogo que desenvolvemos durante a semana e cumprir com ele,” disse Heaps no final do jogo. “Penso que a nossa rapaziada foi profissional e jogou muito bem na segunda parte.”


Como o encontro continuava muito equilibrado, Jay Heaps virou-se para o seu banco e aos 61 minutos retirou Kei Kamara, que esteve algo apagado neste jogo, fazendo entrar Juan Agudelo, alteração que mexeu com o jogo e inclinou a superioridade para o lado do Revolution.


Quatro minutos depois de entrar, após uma excelente tabelinha, Agudelo isolou Diego Fagundez, mas o guardião de Toronto leu bem o lance e conseguiu oferecer o corpo à bola, desviando o remate á saída da pequena área.


Mas, aos 66 minutos, Bono nada pode fazer após mais uma excelente troca de bola entre os mesmos dois jogadores. Agudelo, à entrada da área, na direita, lateralizou para Diego Fagudez, que deu um passe em frente e depois atirou colocado, ao ângulo direito, sem hipóteses para Bono.


Foi o quarto golo de Fagundez nos últimos três jogos em casa, depois de ter estado 10 jogos sem marcar.


“Eu sempre disse que assim que marcasse um golo os outros apareceriam,” explicou Fagundez. “Não é um mito, desde que eu continue a trabalhar, os golos vão aparecer, é só questão de finalizar as minhas oportunidades.”


E Agudelo acabou com as pretensões de Toronto aos 85 minutos. Um excelente passe de Lee Nugyen permitiu que Agudelo caminhasse isolado em direção à baliza adversária. Mas, quando entrou na área, no canto direito, Agudelo optou pelo passe e entregou a Diego Fagundez, que rematou à trave. Agudelo ganhou a luta pelo ressalto e cabeceou para o fundo das malhas quando Bono se levantou para tentar chegar à recarga, encerrando assim a contagem.


“Eu estava ansioso por entrar no jogo porque sabia que qualquer equipa que esteja a tentar chegar ao empate vai adiantar mais jogadores,” disse Agudelo no final da partida. “E como eles na altura estavam a jogar só com três defesas, foi uma boa altura para entrar.”


Excelente exibição de Lee Nguyen

Embora esta tenha sido a vitória mais impressionante da temporada em curso e a equipa tenha valido pelo seu coletivo, no final do jogo o técnico Jay Heaps destacou a exibição de Lee Nguyen, que registou quatro assistências nos últimos cinco jogos.


“O Lee teve uma noite tremenda em tudo o que fez. Cortou passes, e em termos ofensivos muitos dos seus passes abriram espaços para todos,” disse Heaps. “Estou entusiasmado com a forma como jogou. Foi um jogo importante porque ele fez 90-90-90 [minutos nos últimos três jogos], ele jogou mais minutos e fez uma maior cobertura, e foi excelente.”


“Quanto mais o Lee tocar na bola, melhor para nós,” acrescentou o lateral esquerdo Chris Tierney. “Pode-se ver a sua qualidade. Ele está sempre confortável, especialmente quando joga na direita, pois consegue encontrar os espaços vazios. É um jogador que é difícil de defrontar e é muito importante para nós. Quando está em forma, nós ficamos ao nosso melhor nível.”


Os centrais continuam a melhorar

Igualmente impressionante tem sido a subida de forma dos dois centrais, Benjamin Angoua e Antonio Delamea, uma parceria que neste jogo não permitiu que o internacional italiano Sebastian Giovinco criasse uma única oportunidade de golo.


“Penso que o Ben [Angoua] foi um dos melhores em campo neste jogo, com desarmes preciosos, bem a ler o jogo e obviamente foi precioso nos lances de bola parada,” disse Hay Heaps. “Uma exibição completa da parte dele. E o Tony [Delamea] continua estável todas as semanas, o mesmo todas as semanas, e isso é impressionantes nos defesas centrais.”


“O Tony e o Ben são os dois jogadores que merecem o maior crédito neste jogo porque é difícil defrontar Toronto, um jogador como o [Sebastian] Giovinco, e impedir que eles marquem,” acrescentou Juan Agudelo. “E isso deu-nos tempo e espaço para marcarmos golos. Conseguimos marcar três golos, mas temos que dar crédito à defesa porque a vitória não acontecia sem eles.”


Delamea também se mostrou agradado com a parceria com Angoua.


“Trabalhamos bem conjuntamente, tivemos boa comunicação e isso permitiu que não sofrêssemos golos,” disse Delamea. “Mas toda a equipa esteve bem hoje em termos defensivos e isso ajuda a nossa defesa a controlar o jogo.


“Estou muito feliz por poder jogar com ele [Angoua], porque ele vem de uma das melhores ligas [França], e ele é um excelente jogador por isso estou a tentar aprender com ele.”


Campeonato vai ser interrompido

O campeonato da MLS sofre uma breve paragem no próximo fim-de-semana devido à disputa de vários jogos envolvendo seleções nacionais. Assim, três dos jogadores do Revolution vão estar em ação em representação dos seus países de origem, designadamente Antonio Delamea (Eslovénia), Kei Kamara (Serra Leoa) e Je-Vaughn Watson (Jamaica).


A equipa tornará a jogar a 14 de junho, contra o Rochester Rhinos, em jogo referente à quarta eliminatória da Lamar Hunt US Open Cup, a competição de futebol mais antiga dos Estados Unidos. O encontro terá lugar no Chapey Field, do complexo Anderson, em Providence, no vizinho estado de Rhode Island.


E depois o Revolution permanecerá em casa porque o jogo que se segue para o campeonato da MLS, frente ao Chicago Fire, terá lugar a 17 de Junho, no Gillette Stadium.