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Revolution perde no regresso a casa, 1-0 frente ao New York City FC

Kei Kamara vs. Frank Lampard NYCFC

Um golo de Frank Lampard, aos 58 minutos, estragou o regresso a casa do New England Revolution --que já não jogava no Gillette Stadium, desde 28 de Maio--, e complicou ainda mais a situação da equipa na tabela classificativa uma vez que a derrota, por 1-0, frente ao New York City FC, líder destacado da Eastern Conference, aumentou para 11 pontos a distância do primeiro lugar.


O jogo até nem começou mal para os donos da casa, que criaram a primeira situação de perigo logo aos oitos minutos. Lee Nguyen demonstrou toda a sua visão de jogo com um passe soberbo por cima dos centrais visitantes a colocar em Kelyn Rowe, mas este, apertado por Ronald Matarrita, rematou já em desequilíbrio, levando a bola a raspar no poste e a sair. Rowe, de imediato, levantou os braços, por considerar que fora desviado em falta, mas o árbitro David Gantar nada assinalou.


“Penso que não houve um grande esforço em jogar a bola,” sugeriu o técnico Jay Heaps após o final da partida, dando a entender que concordava com a sugestão do seu jogador.


Os visitantes reagiram e também estiveram perto do golo, aos 17 minutos, quando Ronald Matarrita interceptou um alívio de Teal Bunbury, flectiu para o centro e atirou fortíssimo, correspondendo o guardião Bobby Shuttleworth com uma excelente estirada para desviar a bola que levava selo de golo.


Três minutos depois foi a vez de Thomas McNamara, no lado esquerdo, ameaçar, mas o remate saiu muito por alto.


E no minuto seguinte, o Revolution apanhou um grande susto quando David Villa recebeu um passe ainda fora da área e atirou fortíssimo, levando a bola a embater com estrondo na barra.


Foi a melhor fase de New York City FC durante toda a partida, mas o Revolution conseguiu sacudir a pressão e poderia ter chegado ao golo, aos 30 minutos. Chris Tierney desceu pelo seu flanco e enviou um cruzamento tenso que atravessou a área e encontrou Teal Bunbury solto, junto ao segundo poste, mas o cabeceamento deste, mesmo em cima do guardião Josh Saunders, tabelou no solo e passou por cima da barra.


Chegara a vez do Revolution criar mais perigo. Primeiro aos 33 minutos, quando um centro de Tierney quase sobrou para Bunbury, e no minuto seguinte quando Bunbury alongou para Je-Vaughn Watson, que foi à linha e cruzou atrasado para Kei Kamara rematar na passada, mas a bola subiu demasiado.


O jogo decorreu equilibrado até aos 58 minutos, altura em que a turma visitante decidiu a partida. Depois duma bola dividida, em que Kamara apareceu caído no relvado, o antigo internacional italiano Andrea Pirlo levantou para a área do Revolution, onde surgiu Thomas McNamara a cruzar para a saída da pequena área e a encontrar Frank Lampard, que desviou de primeira, com a perna, batendo Shuttleworth.


“Eu não penso que ele quis marcar o golo com a perna, mas a bola entrou,” lamentou o central José Gonçalves quando instado a comentar o golo do antigo capitão do Chelsea FC.


Para tentar virar o resultado, o técnico Jay Heaps, duma só assentada, fez duas substituições, com Femi Hollinger-Jenzen e Daigo Kobayashi a substituírem, respectivamente, Teal Bunbury e Scott Caldwell. Na mesma altura, Jason Hernandez entrou para o lugar de Thomas McNamara na equipa visitante.


Substituições trazem mais dinâmica ao Revolution

E o certo é que as substituições trouxeram nova vida ao Revolution, pois inicialmente Kobayashi passou a construir o jogo desde a sua linha de meio-campo.


Assim, aos 73 minutos, um cruzamento de Tierney, na esquerda, atravessou a área, mas Hollinger-Jenzen primeiro, e London Woodberry depois, chegaram ligeiramente atrasados para fazer o desvio.


Mas, com a passagem do tempo o Revolution, apesar de trocar bem a bola, começou a sentir dificuldades em entrar na área visitante e começou a recorrer aos cruzamentos. E seria através de cruzamentos que o perigo passou a surgir perto da baliza de Josh Saunders.


Aos 82 minutos, Hollinger-Jenzen conseguiu chegar a um canto cobrado por Andrew Farrell, que entrara escassos minutos antes para o lugar de Je-Vaughn Watson, mas a bola saiu por cima da barra.


E já no período de compensação, e na sequência de um canto cobrado por Tierney, a bola andou a saltitar na pequena área, até que Saunders conseguiu lançar-se ao solo e segurá-la.


O jogo ficou decidido na jogada seguinte quando um lançamento longo isolou Khiry Shelton. O guardião Bobby Shuttleworth tentou chegar primeiro à bola, mas não o conseguiu e acabou por derrubar o avançado de New York, o que lhe valeu o vermelho directo.


O jogo terminou segundos depois.


“Não é só o ataque, é a equipa toda” – José Gonçalves

No final da partida, José Gonçalves foi entrevistado por vários jornalistas e quando lhe perguntaram se o problema neste jogo não terá sido as falhas na finalização, o central do Revolution sugeriu que “não é só o ataque, é a equipa toda, porque só conseguimos ganhar com a equipa toda. Precisamos de dar mais um pouco, trabalhar um pouco melhor em conjunto, ficarmos compactos e, claro, tentar finalizar as oportunidades que criamos.”


A derrota deixou mais marcas porque este jogo marcou o início da segunda volta e por isso é necessário começar a amealhar pontos.


“Agora, todos os jogos são importantes,” explicou José Gonçalves. “Estamos a jogar em casa. Tivemos duas semanas difíceis, com jogos fora da casa, mas quando jogamos em casa queremos muito conquistar pontos, começar a ganhar jogos. O fim da época está-se a aproximar, temos de fazer todos os possíveis por conquistar pontos.”


As últimas semanas têm sido marcadas por uma série constante de viagens. Não há tempo para descansar, pois no meio dos jogos do campeonato da MLS surgiram também dois encontros da U.S. Open Cup. Esse ritmo frenético mantem-se porque no sábado há novo jogo, desta feita frente ao Columbus Crew, novamente no Gillette Stadium.


“Mentalmente temos de ser fortes,” disse Kelyn Rowe. “Sábado vai ser um teste importante para nós. Este jogo marcou o meio da época e para nós não foi suficientemente bom, temos de melhorar.”


“A segunda parte da época é muito importante para nós e nós temos tido bom comportamento nas duas últimas épocas. Chegou a altura de mudarmos, de começarmos a ganhar jogos.”


Columbus está imediatamente atrás do Revolution, o que traz ainda mais importância à partida de sábado.