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Revolution segue para a final da U.S. Open Cup

Teal Bunbury and Je-Vaughn Watson celebration

Com golos de Kei Kamara, Je-Vaughn Watson e Teal Bunbury, o New England Revolution derrotou o Chicago Fire, por 3-1, na terça-feira à noite, em jogo disputado no Gillette Stadium, em Foxboro, perante 9.801 espectadores, e conquistou um lugar na final da U.S. Open Cup, a competição de clubes mais antiga dos Estados Unidos.


Los Angeles e Dallas FC disputam na quarta-feira o direito de defrontar o Revolution na final.


A turma de Foxboro fora derrotada copiosamente no sábado, em Toronto, 4-1, pelo que este encontro assumia maior importância, não apenas porque estava em jogo a presença na final duma prova que os Revs não ganham desde 2007, mas também para demonstrar que a equipa não fora afectada negativamente pelo desaire de sábado.


Curiosamente, o técnico Jay Heaps deixou Lee Nguyen, o melhor marcador dos Revs (5 golos, 7 assistências) no banco no início da partida.


As duas equipas pareceram estudar-se mutuamente nos primeiros minutos da partida, pelo que não se registaram situações de perigo.


Mas, aos 15 minutos, a turma da casa conseguiu adiantar-se no marcador. Um passe longo encontrou Diego Fagundez solto no flanco esquerdo. Depois de receber a bola, o jovem avançado da turma da casa tocou para Kelyn Rowe, que tentou flectir para o lado, acabando por ser derrubado por Rodrigo Ramos, já dentro da área do Fire. O árbitro, mesmo em cima do lance, não hesitou e de imediato apontou para a marca de grande penalidade.


Kei Kamara, devido à ausência de Lee Nguyen, que estava no banco, encarregou-se da marcação do castigo máximo e converteu com um remate forte e colocado que não deu hipóteses ao guardião visitante.


A partir do golo o Revolution começou a surgir com mais frequência perto da baliza visitante e as oportunidades apareceram com mais regularidade.


Primeiro, aos 23 minutos, Teal Bunbury solto, já dentro da área, no lado direito, atirou a rasar o poste; cinco minutos depois, Kei Kamara pressionou o guardião visitante e com a ponta do pé conseguiu desviar o alívio, que saiu rente ao poste; Bunbury tornou a desfrutar de nova oportunidade aos 32 minutos, mas uma vez mais viu o remate sair a rasar o segundo poste; aos 36 minutos, Kelyn Rowe atirou sobre a barra o canto que fora cobrado por Chris Tierney e no minuto seguinte um remate de longa distância de Kamara saiu perto do poste esquerdo de Matt Lampson.


O Fire teve apenas duas ocasiões, mas na primeira John Goossens, perto da grande área, rematou à figura de Brad Knighton, e aos 35 minutos, numa jogada de contra-ataque, José Gonçalves, num desarme em carinho, impediu que Goossens fizesse o golo do empate.


Mas, como quem não marca normalmente sofre, o Revolution foi penalizado aos 40 minutos. A defesa da casa não conseguiu afastar o perigo, permitiu que a bola chegasse até David Accam e este, com um excelente trabalho individual, fez sentar um jogador do Revolution e depois rematou colocado, junto ao poste, sem hipóteses para Brad Knighton.


“Basicamente foi uma comédia de erros (a forma como sofremos o golo), abordamos com excessiva rapidez o lance, caímos, tivemos quatro ou cinco oportunidades de aliviar a bola. Já vi o lance e não acredito que a jogada durou tanto tempo,” lamentou o técnico Jay Heaps. “Mas, adorei a forma como reagimos”.


Na realidade a reacção do Revolution foi quase imediata pois conseguiu desfazer a igualdade no minuto seguinte. Na sequência de um pontapé de canto, na direita, a bola sobrou para Je-Vaughn Watson e este, à saída da pequena área, conseguiu o desvio de cabeça, batendo Lampson.


“Foi um pontapé que veio direito a mim – tu tens de tentar encontrar maneira de finalizar,” explicou Watson ao descrever a jogada. “Treinamos isso nos treinos e depois o mister, foi uma jogada ensaiada, colocar o Kei [Kamara], para desviar de cabeça, e eu estava na área, por isso foi só ir em direcção ao guarda-redes e senti que a bola ia ter (comigo), por isso decidi que ia tentar chegar. Veio cair ao pé de mim e eu finalizei.”


Ainda antes do intervalo, o golo esteve novamente à vista, desta feita num lance estudado. Chris Tierney marcou um livre, colocando em Rowe, na direita, e este cruzou de primeira, junto à linha, para Bunbury, mas o cabeceamento saiu torto.


Chicago entra melhor na segunda parte

Chicago entrou melhor na segunda parte, mas o Revolution criou a primeira oportunidade, num lance de Kelyn Rowe, que numa grande arrancada levou a bola da sua área até à área adversária, onde entregou a Fagundez. Este cruzou, mas o passe saiu um pouco longo, pelo que Kamara sentiu dificuldades em controlar e depois rematou fraco e à figura.


Chicago respondeu aos 54 minutos, num cruzamento de Arturo Alvarez que encontrou Michael de Leeuw junto ao segundo poste, mas o remate, em queda e de ângulo apertado, saiu demasiado alto.


A partir daí e tal como sucedera no primeiro tempo, as melhores oportunidades pertenceram ao Revolution. A primeira ocorreu aos 61 minutos quando Gershon Koffie desmarcou Kelyn Rowe, mas este rematou muito por alto e oito minutos depois um erro defensivo só não deu golo porque não surgiu ninguém para desviar o cruzamento de Lee Nguyen, que entrara um pouco antes.


Golo e expulsão acabam com a dúvidas

Até que, aos 85 minutos Teal Bunbury acabou com todas as dúvidas quando, após várias trocas de bola, flectiu para o centro do terreno e depois rematou rasteiro e colocado, levando a bola a entrar junto ao poste esquerdo e fora do alcance de Lampson.


A um minuto do fim do tempo regulamentar, Chicago ficou reduzido a 10 homens. Depois de ter sido derrubado em falta, Kelyn Rowe foi pedir justificações a Accam, que não gostou e empurrou o jogador do Revolution, acabando por lhe tocar na cara. O juiz da partida foi consultar o seu auxiliar e decidiu expulsar Accam e admoestar Rowe.


A Champions não é aposta total

Caso consiga vencer este troféu, o Revolution terá acesso à Liga dos Campeões da CONCACAF, mas Jay Heaps não vai apostar tudo nesta competição.


“Quando fazemos os planos no início do ano, queremos ter bom comportamento na Open Cup. Queremos entrar numa situação em que possamos jogar as meias-finais e a final,” explicou Heaps. “Mas, isso não afecta aquilo que pretendemos fazer na liga. Acho que a Open Cup é um grande torneio, mas é preciso colocar em perspectiva com o resto da liga. Não se pode planear apenas ganhar este torneio. Tens de ter a certeza que utilizamos isto como uma boa plataforma para o resto do ano. Neste jogo tivemos momentos muito melhores, em termos de movimentação e outros aspectos importantes na primeira parte. Penso que fomos infelizes por não estarmos a ganhar por mais antes deles terem marcado. Por isso, temos de usar (a Open Cup) como uma boa plataforma para seguir em frente para o resto da temporada.”


Em relação ao facto de Lee Nguyen não ter sido titular, Jay Heaps esclareceu que foi um caso de gestão.


“São muitos jogos, muitos minutos, muita pressão sobre ele para fazer certas coisas,” explicou Heaps. “Por isso pensei que neste jogo talvez ele conseguisse ver as coisas duma perspectiva diferente quando entrasse. Vê-se o jogo primeiro, e duma forma um pouco diferente para vermos se ele consegue entrar e ajudar-nos. Marcámos um golo com ele em campo.”


Noite Portuguesa no sábado

O Revolution torna a jogar para o campeonato da MLS este sábado, quando receber o Philadelphia Union, num jogo que está enquadrado na Noite Portuguesa.